Na próxima 4ª feira
comemora-se mais um 10 de Junho: o Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas, outrora também conhecido como dia da Raça.
Esta data ímpar que
celebra a nossa individualidade, aquilo que é muito nosso, aquilo
que nos diferencia dos demais – enfim, a nossa história que fez
de nós aquilo que somos hoje, a nossa singularidade como povo, e a nossa
cultura, acaba por ser um
excelente pretexto para reflectirmos sobre algumas notícias bem recentes, que
não são inocentes ou isoladas, mas sim representativas de toda uma classe
política e de uma filosofia que tem traído a nossa nacionalidade desde há
vários anos a esta parte.
1 .
António Costa pretende integrar imigrantes
na função pública
António Costa defendeu, no passado mês de Dezembro, a
integração de imigrantes na função pública por forma a melhorar a sua inclusão
profissional na região que os recebe. Esta ideia peregrina, do nosso ponto de
vista, é extremamente ofensiva para o trabalhador nacional, num momento em que
a taxa de desemprego em Portugal supera os 13,5%, acompanhada de um
aumento galopante do trabalho precário e de vencimentos cada vez menores, como
bem denunciámos no nosso comunicado do Dia do Trabalhador Nacional. Registamos também que, mesmo no partido do dr.
António Costa, não poucas vezes se refere a necessidade de optimização de
recursos na função pública, que poderá significar em alguns casos a dispensa de
recursos humanos. Ora, com todas as dificuldades e incertezas que os nossos
trabalhadores da função pública enfrentam no dia-a-dia, como é que o dr.
António Costa lhes pretende explicar que os seus lugares serão atribuídos a
alógenos, pagos com o dinheiro dos contribuintes?
2 .
Nova mesquita em Lisboa comparticipada pela
Câmara Municipal
A nova mesquita ficará sedeada no Martim
Moniz, e contará com financiamento público. Temos a certeza absoluta que, se
fosse feito um referendo sobre o assunto, os lisboetas rejeitariam este
projecto, mas já sabemos que esta coisa da “democracia” só é boa… no papel.
Estamos a falar de um Estado supostamente laico, que ainda há bem pouco tempo
abdicou de dois feriados nacionais religiosas por forma a fortalecer essa
laicização, e que, simultaneamente, por intermédio de uma autarquia, irá
comparticipar a construção de um espaço associado a uma confissão religiosa
alógena e minoritária, que servirá de convite à imigração de mais pessoas cuja
matriz civilizacional é diametralmente oposta à nossa. De referir que a
gravidade desta proposta ganha uma dimensão maior quando analisamos a total
falta de obras de carácter social desta autarquia.
3 .
Portugal poderá receber mais de 2200
refugiados oriundos da região de Lampedusa
É uma notícia que tem sido veiculada nos
principais órgãos de comunicação social, e inclusivamente, na última semana de
Maio, o presidente de câmara de um concelho do país disponibilizou a sua
autarquia para receber 10 famílias deste grupos (em vez de criar fundos de
apoio à natalidade dos autóctones e ao investimento e produção de riqueza no
concelho) – tudo debaixo de um manto de “solidariedade” e “questões
humanitárias”. Tudo isto é o resultado de uma enorme hipocrisia, que urge
esclarecer.
Naturalmente que nada temos contra as
famílias de refugiados: pessoas que procuram apenas melhores condições de vida,
e foram obrigadas a fugir da sua própria terra e das suas famílias, em
condições desumanas, arriscando a própria vida. Mas, da mesma forma que, quando
tratamos de um doente, procuramos essencialmente eliminar a causa da doença
(para que não se volte a repetir) e não dar-lhe apenas algum fármaco
para aliviar a dor temporariamente, também no caso dos refugiados defendemos
que se ataque o problema na sua raiz, a montante, e não a jusante.
É com uma regularidade assustadora que estes
barcos chegam a Lampedusa, muitas das vezes já com cadáveres a bordo, e essa
regularidade espelha bem o lucrativo negócio que está por detrás de todo o
processo, em que alguns agentes de tráfico negreiro do século XXI, quais
meliantes tranformados de um dia para o outro em sobas africanos, transportam
de forma ilegal estas pessoas, totalmente indiferentes ao que lhes possa
acontecer, confiando nas “portas abertas” de uma Europa cujas elites do grande
capital acabam por ver com bons olhos esta invasão, pois representa uma
possível mão-de-obra barata, fácil de explorar, e bem mais fácil de manipular
do que a autóctone. Quanto aos pobres refugiados, vêem-se incapazes de viver
condignamente na sua terra, muitas das vezes devido a grandes multinacionais e
empresários de poucos escrúpulos que exploram os recursos naturais dessas
terras sem compensar devidamente as populações autóctones.
No final, “todos” acabam por ganhar com esta
situação: o grande poder económico que explora os recursos daqueles países, os
“sobas” africanos que lucram com tráfico negreiro, e os grandes capitalistas
europeus que vêem novos proletários chegarem ao velho continente para
engordar os seus lucros. “Todos” lucram? Menos os trabalhadores europeus,
claro.
“Superior aos indivíduos duma triste hora passageira, a Pátria não é,
com efeito, de modo nenhum o pretexto das nossas paixões transitórias, nem a
nós nos assiste o poder de a transformarmos segundo os nossos caprichos e
conforme as nossas ideologias. O estrangeiro não é, portanto, unicamente aquele
que nasceu de outra comunidade com outra língua e outros costumes. É também
estrangeiro o que, insurreccionando-se contra a regra que o conformou
socialmente, realiza em si a tremenda palavra de Comte, ao condenar a Revolução
como sendo a "rebeldia do ser contra a espécie". Ora quando esse
estrangeiro, que é bem o estrangeiro do interior, desnacionalizado por ideias cosmopolitas,
maçonizado por interesses baixos de seita, se apodera do governo duma nação
para lhe imprimir uma finalidade adversa aos seus sentimentos fundamentais, não
haverá legitimamente, até da parte duma minoria, o direito de revolta?” – NOS
afirmamos que sim. Por Portugal e pelos Portugueses!